segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Um brinde ao novo!

Não existe nada mais nostálgico na vida do que esses momentos de fim de ano. As lembranças dos feitos do ano que passou tornam-se fortemente presentes em nossos pensamentos.
Mas, sem dúvidas, 2013 foi para mim um ano de muitas conquistas e realizações pessoais e profissionais. E nada mais me resta do que gratidão. Gratidão pelo dom da vida, que me é permitido por Deus, na Sua infinita misericórdia; gratidão pela família que até hoje me acompanha, esse grande presente divino; gratidão pelas pessoas que entraram e saíram da minha vida, que tornaram-se amigas ou não; gratidão por realizar o sonho de cursar Direito, que tinha desde 11 anos de idade, e pelos colegas que me acompanham nessa grande jornada; gratidão pelo estágio no TCU, o qual consegui com muito esforço, e pelos colegas de trabalho que comigo colaboram para o melhor desenvolvimento das minhas atividades. Enfim, poderia escrever um livro, agradecendo por diversas coisas.

Em 2014... Desejo saúde, para que não pereçamos nessa vida; desejo felicidade, para que tudo tenha um sabor mais especial; desejo força, vigor... SONHOS! A vida não tem graça sem sonhos! Afinal, para onde iríamos sem eles? Desejo sucesso, pois poucas coisas satisfazem tanto o ego como ele; e, por fim (e não menos importante), desejo que todas as bênçãos de Deus estejam com vocês: altos e baixos, gordos e magros, pobres e ricos, brancos e negros, cristãos e ateus... TODOS! Sem exceção! O segredo de uma sociedade fraterna e harmônica é a igualdade! Lutemos por isso!
Um brinde ao novo! Feliz, próspero, excelente 2014 a todos!!!

domingo, 29 de dezembro de 2013

A boa (?) e velha política do "Pão e Circo"

Sem muito rodeio, vou aqui reproduzir (com adaptações) uma postagem que li no Facebook e que, sinceramente, poucas vezes li textos tão fortemente ligados à verdade. 
"Para os moralistas que estão enchendo o meu feed de postagens emocionantes falando sobre a forma de como os "ignorantes" fazem piada com o acontecimento de ainda pouco no UFC.

O que vocês jovens estavam fazendo em junho deste ano? Lembro-me com alegria do povo brasileiro nas ruas lutando, reivindicando seus direitos e indignado com a situação vergonhosa em que nosso país estava pelos diversos escândalos políticos e por falta de tudo.
Antigamente em Roma os lideres costumavam usar-se da ignorância do seu povo, que não se importava com os interesses políticos e sociais, para dar-lhe duas coisas: alimento para o corpo e uma forma de entretenimento para ludibriar sua mente. Com isso, era corriqueiro os lideres promoverem “eventos” de lutas entre gladiadores, dando assim ao povo um espetáculo para seus olhos, e nos intervalos das lutas distribuíam alimentos. Assim, o povo “esquecia” das mazelas que vinha sofrendo e o Estado lucrava muito sem gastar quase nada. Roma tornou-se, então, a capital que concentrava todos os acontecimentos políticos, sociais e culturais da época.
Bom, se existe semelhança com os dias atuais, não é preciso nem ser um cidadão tão esclarecido para perceber. Mas não são só as lutas e o Governo que fazem isso com o povo alienado. São os programas de TV que moldam a mente de pessoas para serem egoístas ao máximo com relação a situações onde dividir uma moradia seria uma péssima ideia, pois a parte da “divisão” seria apenas para confronto de personalidades para obtenção de lucro. É na nossa economia, que visa sempre a exploração da camada trabalhista pelos patrões. É no futebol, onde fazem com que o povo idolatre “brasileiros” que defendem a pátria amada. São as revistas de modelos, que idealizam padrões de beleza aos quais todos sabemos que não são coerente com a realidade (e até saúde) das mulheres.
Para finalizar isso, caros, eu deixo um questionamento a todos vocês: Vale mesmo ser mais um moralista alienado, que só expressa sua opinião quando o certo seria perceber o quão patético se torna vendo que está sendo manipulado e se tornando mais uma engrenagem do sistema que só obtém lucro em cima de você, enquanto você fica a ver navios esperando que as coisas melhorem pela boa vontade dos nossos governantes? Vamos usar nossos pensamentos para fazer nossas ideias trazerem e inspirarem o bem e coisas boas para a nossa geração e, principalmente, para as futuras. Não se levem em 2014 por políticos que vão afirmar que estão patrocinando lutadores, jogadores e outros... Vamos fazer de nossa única ferramenta de verdadeira mudança do país a mais valiosa, vamos usar nosso voto para não deixar mais o povo ser engrenagem para os outros lucrarem em cima." (RAMOM, Higor. Texto adaptado.)
Fechou. Não preciso dizer mais nada.

Veja a postagem original aqui.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Ajuda ou atraso?

Se na postagem anterior eu já tinha falado de afronta à inteligência humana, segurem mais um pouco porque eu ainda não terminei, vem mais coisa por aí...
Quem aí já ouviu falar das cotas para negros? (Entendam que isso é uma pergunta retórica). Antes de continuar, quero deixar bem clara uma coisa: estou falando das COTAS PARA NEGROS, e não do SISTEMA DE COTAS como um todo. Leiam com atenção antes de acharem que devo levar um processo nas costas.
Vivemos numa sociedade extremamente contrastada? Sim. O acesso ao Ensino Superior ainda é precário no Brasil? Sim. Mas não vou fazer um monte de questionamentos óbvios aqui, vamos ao que interessa.
O Governo Federal criou o Sistema de Cotas, e uma delas beneficia os negros. Eu poderia muito bem fazer um comentário único que fechava essa postagem, mas vamos desmanchar as coisas, primeiramente citando o art. 3º, inciso IV da Constituição Federal de 1988:

Art. 3º. Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
(...)
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

Tem também o art. 5º da mesma Constituição, que diz:
Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza (...)

Lindo saber que isso existe no papel, né? (Nem preciso dizer aqui que tooodo mundo sabe que na prática isso tá bem longe).
Pois bem, começo meus questionamentos aí: a Constituição, Lei suprema, garante a igualdade e busca promover o bem de todos, sem discriminação (não sou eu que estou dizendo isso, vocês leram aí em cima). PRA QUÊ COTAS PARA NEGROS? Eu, particularmente, acho isso bem paradoxal. MUITO paradoxal. A garantia do acesso ao Ensino Superior, assim como no Ensino Básico, DEVE ser uma garantia que o Governo deve dar. Mas prestem atenção: uma GARANTIA, não um atalho. Entendem onde quero chegar?
E o mais surpreendente de tudo é o discurso de sustentação dessa modalidade de cotas: "o Brasil é um país que, no decorrer da sua história, sofreu muito com a diferença entre brancos e negros, onde os primeiros eram os que tinham mais oportunidades de ter uma vida melhor, e por conta da população negra ser a maioria participativa nas classes baixas, o sistema de cotas para negros vai garantir maior facilidade no acesso às universidades públicas e particulares". Agora vamos brincar novamente de colocar o dedo na ferida...
Facilitar o acesso? Como assim? Os negros são incapazes? Eles realmente não podem estudar com seus livros, por conta do péssimo olhar que é voltado para a educação brasileira? Lógico, ter escola decente, professor e estrutura é bom, ajuda e qualifica o estudante. Mas não é o professor que precisa de conhecimento (nesse sentido), é o ALUNO. É ele que corre atrás, que luta pra realizar seus sonhos de vida. Por que o negro é mais incapaz, perante um branco? Será mesmo que essa Lei não se vale? Será mesmo que o preconceito ainda não morreu de fato? Porque eu, particularmente, enxergo isso, um "preconceito moderno". Aliás, é melhor eu parar por aqui, porque realmente isso é uma afronta à inteligência humana...

Penitenciárias, os grandes "cantinhos da reflexão"

Ah, as prisões... Esses grandes "cantinhos da reflexão" (da Super Nanny, quem lembra?)
O Governo erra (e erra muito) no conceito das prisões, do que elas realmente são. Não que elas sejam erradas, ou que a existência delas seja supérflua, mas que sejam aplicadas da maneira adequada.
O Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (IAPEN) registrou no último domingo, 15, a fuga de 25 carcerários, através de um buraco de aproximadamente 50cm de diâmetro no muro das instalações. Isso se deve a alguns fatos. Vejamos.

  1. Ninguém gosta de ficar com a liberdade cerceada em um lugar que não oferece a mínima estrutura (ou estrutura alguma). Se os visitantes já não têm tratamento bom, imagine os pobres coitados (por favor, não me apedrejem por usar essa expressão. Entendam que eles são seres humanos muito antes de serem condenados da Justiça)
  2. A falta de segurança e localização do IAPEN são uma verdadeira afronta à inteligência humana. Uma penitenciária que fica na ZONA URBANA da capital e que até uma criança, passando pela frente, consegue perceber que as instalações não são nem um pouco seguras... Sinceramente, deixa eu ir pro próximo.
  3. Vou só repetir: penitenciária não é "cantinho da reflexão" da Super Nanny, que o Judiciário coloca um malandrinho lá por um determinado tempo pra que ele pense no que fez e depois solta.
Vamos colocar o dedo na ferida. A visão que tenho de uma penitenciária é um local em que o condenado fique recluso pelo período em que o Código Penal (esse ancião) determinar, como uma maneira de re-educação da pessoa que ali está. É ISSO! Vamos mexer mais na ferida... Já estou bem cansado de ver nos noticiários locais sobre as péssimas, pífias condições do IAPEN, tanto para os reclusos como para os visitantes, e sobre as denúncias de maus tratos.
Não adianta tratar prisioneiro como bicho. Ele, por si só, já traz consigo uma carga negativa, seja pela falta de educação que não recebeu enquanto pequeno, seja pela influência (consentida, diga-se de passagem) das companhias que tinha. Vai adiantar tratá-lo "na marra"? Só vai piorar um quadro ruim que ele já possui. E a vista grossa pra isso é constante.
Tem mais: não se enxerga (eu, pelo menos...) trabalhos de re-inserção de carcerários no seio da sociedade. Eles cumprem a pena e são soltos porque têm que ser soltos. Que sentido faz tê-los prendido, então? Prender por prender não muda ideologia de ninguém; isso só faz com que o indivíduo saia da prisão com mais desejo de cometer outros atos ilícitos novamente, revoltado pelo "sofrimento" que passou. Seria interessante que meios alternativos fossem postos em prática, como uma oportunidade de emprego, ou de trabalho voluntário ou outra coisa qualquer que ocupe o tempo dessa pessoa (não vou fazer uma lista aqui, pois isso não cabe a mim). Aí sim teria sentido prender alguém, aí sim veríamos o interesse do Governo em melhorar a qualidade de vida da população que gere, aí sim não teríamos mais notícias de fuga de detentos. Falta interesse, falta gestão de verdade, falta um olhar atento para isso. Mas o que dizer de um país em que o poder é disputado a todo custo, e que dominar seu povo ideologica e repressivamente é tarefa mais importante do que qualquer outra coisa?